O diretor de comunicação da Fifa, Nicolas Maingot, começou o encontro diário com a mídia internacional nesta segunda-feira, em Johannesburgo, na África do Sul, comunicando que a entidade não faz e não faria nenhum comentário envolvendo a arbitragem da Copa do Mundo. Um recado claro de que os erros cometidos nas partidas do domingo não seriam discutidos.
Apesar disso, durante os 30 minutos de duração do "Daily Media Briefing", todas as perguntas foram dedicadas ao assunto.
Maingot se limitou a dizer, a cada questionamento, que a Fifa não comenta sobre a arbitragem e que quem decide sobre o uso da tecnologia no futebol é a International Football Association Board, da qual a entidade é apenas um membro (ao lado das federações nacionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte).
O diretor de comunicação disse que, se algum comentário tiver de ser feito, ele será, e a imprensa será avisada. Perguntado se não vê contradição no uso de 32 câmeras nos estádios para a transmissão das partidas e não para ajudar os árbitros, disse que são assuntos diferentes, e que a intenção é trazer o jogo para mais perto do espectador.
Nicolas Maingot acrescentou que os juízes não estão autorizados a fazerem comentários sobre suas atuações, bem como de seus colegas.
Na partida entre Alemanha e Inglaterra, Lampard não teve um gol validado pelo uruguaio Jorge Larrionda, apesar de a bola ter entrado. Já no duelo entre Argentina e México, Tevez fez um gol em posição de impedimento, mas o italiano Roberto Rosetti confirmou a jogada.
Neste caso, o placar do Estádio Soccer City passou o replay do gol ilegal, o que causou pronta reação dos jogadores mexicanos e da torcida. Rosseti chegou a conversar com seu assistente, Stefano Ayroldi, mas não mudou a decisão e confirmou o lance.
O diretor de comunicação da Fifa reconheceu que a jogada não deveria ter passado no telão, e que a responsabilidade da falha é do Comitê Organizador do torneio.
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